Bad Lieutenant, 1992
Legendado, Abel Ferrara
Classificação: Ótimo
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 96 minutos
Tamanho: 700 Mb
Servidor: Mediafire
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SINOPSE
Mergulhado no universo das drogas e do jogo, um tenente de polícia de
Nova York inicia sua descida "rumo ao inferno". Mas dois acontecimentos
vão lhe dar a chance de redenção: um torneio de beisebol e o trágico
estupro de uma jovem freira.
Fonte: Cineplayers
The Internet Movie Database: IMDB
ANÁLISE
Abel Ferrara viaja ao inferno à procura da salvação.
por Daniel Dalpizzolo
Na primeira sequência de Vício Frenético, nosso
protagonista, que conhecemos apenas como Lieutenant (posto dele na
polícia de Nova York, sua ocupação social), transporta os filhos até a
escola, reclamando durante todo o trajeto por terem perdido o ônibus. As
crianças descem, atravessam a rua e seguem até o portão. Enquanto
aguarda a fila de carros, aproveita para dar umas aspiradas na cocaína
que carrega no bolso. O olhar de Harvey Keitel nesta cena resume o
personagem: o homem é uma grande incógnita. Preocupação? Indiferença?
Culpa? Sua feição parece distante dessas coisas e ao mesmo tempo reunir
todas elas. É um enigma pautado pela necessidade, pela incompletude
humana.
O tenente interpretado por Keitel é um legítimo personagem de Abel Ferrara. Viciado em álcool, cocaína, crack e apostas, passa o filme todo em busca de algo, sem saber exatamente o que procura. Ferrara é um cineasta de extremos, criado nos guetos, e sua visão de sociedade nos filmes está diretamente ligada à realidade das personagens que constroi, com o estado de espírito e as aflições delas (como exemplo basta lembrarmo-nos da primeira obra do diretor, O Assassino da Furadeira (The Driller Killer, 1979). Mais do que filmes que registram, são filmes que abraçam as causas de seus protagonistas e, com eles, vão até as últimas conseqüências - sem fazer qualquer tipo de concessão. É por conta disso que aqui chegamos ao limite do que o cinema pode construir em matéria de bad trips.
Vício Frenético é uma descida ao inferno em busca do perdão de deus, e soa tão incoerente posto assim em palavras que só reforça o desespero de seu protagonista. Desespero que Ferrara traduz em imagens tão diretas quanto o possível, simplesmente deixando Keitel agir e observando sua dualidade, acima de tudo, com compreensão e com respeito. Não estamos diante de um homem mau, tampouco de um homem bom (ao menos o diretor não nos impõe este julgamento moral); o que Ferrara nos apresenta é apenas um homem desnorteado, cujo exercício de protetor social está danificado pelas perdições das quais não consegue fugir e que o fazem cometer excessos como utilizar-se de seu ofício para beneficiar suas compras de drogas.
O tenente interpretado por Keitel é um legítimo personagem de Abel Ferrara. Viciado em álcool, cocaína, crack e apostas, passa o filme todo em busca de algo, sem saber exatamente o que procura. Ferrara é um cineasta de extremos, criado nos guetos, e sua visão de sociedade nos filmes está diretamente ligada à realidade das personagens que constroi, com o estado de espírito e as aflições delas (como exemplo basta lembrarmo-nos da primeira obra do diretor, O Assassino da Furadeira (The Driller Killer, 1979). Mais do que filmes que registram, são filmes que abraçam as causas de seus protagonistas e, com eles, vão até as últimas conseqüências - sem fazer qualquer tipo de concessão. É por conta disso que aqui chegamos ao limite do que o cinema pode construir em matéria de bad trips.
Vício Frenético é uma descida ao inferno em busca do perdão de deus, e soa tão incoerente posto assim em palavras que só reforça o desespero de seu protagonista. Desespero que Ferrara traduz em imagens tão diretas quanto o possível, simplesmente deixando Keitel agir e observando sua dualidade, acima de tudo, com compreensão e com respeito. Não estamos diante de um homem mau, tampouco de um homem bom (ao menos o diretor não nos impõe este julgamento moral); o que Ferrara nos apresenta é apenas um homem desnorteado, cujo exercício de protetor social está danificado pelas perdições das quais não consegue fugir e que o fazem cometer excessos como utilizar-se de seu ofício para beneficiar suas compras de drogas.
Para ler o artigo completo acesse Cineplayers
Atuação visceral de Harvey Keitel.
ResponderExcluirAbraço
Obrigado por compartilhar!
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