The shining, 1980
Legendado, Stanley Kubrick
Classificação: Excelente
Formato: AVI
Áudio: francês
Duração: 146 min.
Tamanho: 1,08 GB
Servidor: Mega (3 partes)
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SINOPSE
Durante o inverno, um homem (Jack Nicholson) contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo.
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 8.5
Análise
Uma obra-prima do horror moderno, na melhor adaptação de uma história de terror do renomado escritor Stephen King. |
É fato que as histórias de King funcionam nos livros, pois instigam nossa imaginação, mas na tela tudo fica mais trash. Ao invés de dar medo, acabamos rindo, por mais bem feitos que sejam seus monstros. Não é de se espantar que os melhores filmes baseados em suas obras, além deste, sejam Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre - justamente dramas, que não utilizam do artifício "monstros de borracha somados à efeitos especiais" para funcionar. E é justamente esse o ponto crucial para o filme de Kubrick ser tão bom, e, ao mesmo tempo, tão odiado pelos adoradores da obra de origem.
Ele retirou todos os monstros e tudo mais que têm no livro e manteve apenas o climão e as atitudes de Jack. Com isso, tudo ficou mais sugestivo, misterioso. Apenas alguns monstrinhos, no final do filme, servem de aperitivo aos fãs e dizer, para nós, que estamos assistindo ao filme, que existia algo muito mais macabro do que poderíamos imaginar. Kubrick preferiu se concentrar na degradação dos personagens no sentido psicológico pelo ambiente, e não totalmente pela sobrenaturalidade. Esse ponto é importante, porque para os personagens, Jack apenas enlouqueceu devido a solidão, mas para nós, que estamos assistindo, sabemos melhor tudo o que está acontecendo.
No filme, conhecemos a história de Jack Torrance (Jack Nicholson), que aceita o trabalho de zelador de um imenso hotel durante a baixa temporada do local - um inverno bastante denso e torturoso. Durante esse período, ele tenta escrever o seu livro, mas um passado sombrio do hotel começa a aterrorizar a família e afetar diretamente a sanidade de Jack. Sua mulher se torna passiva a tudo o que está acontecendo, enquanto seu filho tem poderes paranormais de comunicação com as forças ocultas do lugar.
Um dos melhores aspectos do filme é sua parte técnica. Tudo contribui para reforçar o clima de solidão do local - algo extremamente necessário, uma vez que a transição do Jack pai exemplar para o psicopata tinha de ser convincente (uma das grandes críticas ao filme é justamente que ela foi rápida demais). Os cenários, amplos e espaçosos, construídos todos em locação, utilizando apenas a fachada de um grande hotel para as externas, reforçam a teoria da solidão e do isolamento.
A arte é grandiosa... E vazia. As salas são grandes, com muito espaço, o que deixa o local altamente pertubador. Some isso ao pesado clima, construído minuciosamente por Kubrick, e já dá para perceber o quão aterrorizante é a experiência. A fotografia é realista e não deixa que a diferença entre estúdio e locação sobressaia, além de um excepcional uso do inovador Steady Cam*, principalmente na cena do labirinto. (*um equipamento que evita a trepidação da câmera, enquanto corremos com ela em mãos)
O Iluminado não é um filme explícito de sustos. É construído para nos deixar mal, com medo de uma pessoa que, teoricamente, nos ama e só quer o nosso bem. Algumas seqüências são de gelar a espinha, como a aparição das gêmeas no corredor, ou então o elevador que derrama uma enorme quantidade de sangue. O melhor é que, assim como diversos outros filmes de Kubrick, nada é mastigado demais na história. Sempre há uma brecha para a interpretação, para que cheguemos a uma conclusão por conta própria, sem necessidade de que o filme diga para nós sua intenção.
A cena mais marcante é quando Jack coloca seu rosto entre uma abertura feita na porta com machadadas e diz a imortal frase "Here's Johnny!". Jack Nicholson, um dos maiores atores de todos os tempos, improvisou tal fala, e fez um trabalho absolutamente brilhante em cena. Sua preparação sempre especial lhe concedeu alguns momentos únicos, como a seqüência do bar. Já Shelley Duvall, só faltou a coitada ser agredida por Kubrick, tamanho o número de broncas que levou do diretor, mas pelo menos o resultado final conseguiu ser convincente. Em determinada cena, ela chegou a filmar mais de 100 takes para que Kubrick conseguisse o que queria. Não descarto a possibilidade de algumas pessoas torcerem para que Jack consiga matar a esposa, de tão chata que ela é.
Fiel ou não ao livro, Kubrick construiu um filme extremamente cativante, que consegue mexer com nossos medos interiores - e ainda muito melhor que a refilmagem de 1997, que se dizia a versão definitiva e fiel à obra de origem. O Iluminado é uma obra-prima do horror, que não necessita apelar para sustos fáceis para assustar, como a grande maioria dos títulos faz. Seja no drama, na guerra ou na ficção, esta é apenas mais uma prova da versatilidade do gênio por trás das câmeras. Um grande presente para aqueles que gostam de ser atormentados por uma história verdadeiramente macabra.
Análise retirada do site Cineplayers
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Engraçado, terminei de assistir o filme estava tranquilo... Era 01:00 am... Aí é que cometi meu erro. Deitei-me na cama e comecei a pensar no tal filme... Foi uma péssima noite. Isso é terror, não aquela besteira que te dá um susto durante o filme, mas depois whatever.
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