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terça-feira, 16 de agosto de 2016

O MARTELO DAS BRUXAS - 1970

Kladivo na carodejnice, 1970
Legendado, Otakar Vávra 
Clique na imagem para ver o trailer

Formato: AVI
Áudio: tcheco
Legendas: português
Duração: 1h 43min.
Tamanho: 989 Mb
Servidor: Uplea (Parte única)

LINK

SINOPSE
A história do filme é baseada no livro de Václav Kaplicky, Kladivo na Čarodějnice (O Martelo das Bruxas, 1963), um romance sobre julgamentos de bruxas no norte da Morávia durante a década de 1670. As imagens são de um preto e branco alegórico e cheias de símbolos. Tudo começa com uma ação trivial de uma pobre velha, que desemboca numa espiral de acusações, mergulhando a comunidade no caos total.

Fonte: Filmow
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 8.1

"Martelo das Bruxas" orientou séculos de perseguição às mulheres

Katharina Henot foi a primeira. Depois que, em 1627, a influente comerciante foi condenada e executada por "magia maléfica", iniciou-se uma avalancha de processos por bruxaria na cidade alemã de Colônia: nos três anos seguintes, pelos menos 24 mulheres foram acusadas e mortas.
Cento e quarenta anos antes, um monge dominicano estabelecera os fundamentos para identificação e perseguição às feiticeiras, naquilo que hoje se chamaria um best-seller: o Martelo das Bruxas –Malleus maleficarum ou Der Hexenhammer. O tratado compilava o saber e os medos da época, fornecendo os argumentos necessários àqueles que acreditavam na caça às bruxas.
Hoje, o Conselho Municipal de Colônia se ocupa da reabilitação oficial de Katharina Henot. A Deutsche Welle conversou com a historiadora Irene Franken, natural da cidade renana, sobre um dos livros mais infames jamais publicados.
Deutsche Welle: Em 1486, o monge dominicano Heinrich Kramer redigiu o Martelo das Bruxas. O que ele contém exatamente?
Irene Franken: Do ponto do vista do conteúdo, o Hexenhammer se compunha por três partes. Primeiro explicava-se como identificar bruxas – ou melhor "magas", pois a palavra "bruxa" [Hexe, em alemão] ainda não era reconhecida e difundida de forma ampla. Na segunda parte do livro, Kramer enumerava, através de histórias exemplares, o que essas supostas magas eram capazes de fazer para prejudicar as pessoas. E, na terceira parte, explicava como deviam transcorrer os processos contra essas mulheres malvadas.
Que processos eram esses?
Os processos da época mudaram de perfil, através desse livro. Até então, quem denunciava alguém corria, ele mesmo, perigo de ir preso, até o processo ter-se concluído. Com seu Martelo das Bruxas, Heinrich Kramer cuidou para que se pudesse denunciar sem ser inculpado ou punido, caso as acusações fossem falsas.
Via de regra, todo o esclarecimento do caso era entregue a juízes eruditos – ou por vezes laicos – que então se encarregavam da busca por indícios. Não era permitido nenhum tipo de assistência legal – como sabemos por um caso em Colônia, onde uma comerciante tentou apelar para seu advogado. E as acusadas – pois eram geralmente mulheres – se viam diante de um esquadrão masculino que não hesitava a mandar despi-las, na procura por supostas marcas de bruxa, as quais então serviam como indício para sua "natureza mágica".
O que se sabe sobre o monge Heinrich Kramer?

Ele fora designado pelo Papa como inquisidor no sul da Alemanha. De fontes isoladas, sabemos que nem sempre foi bem sucedido em suas incursões a diversas cidades, onde afixava uma nota ou cartaz à porta das igrejas, exigindo a denúncia de todas as "magas". Em certos casos, ele chegou a ser expulso sob pancadas. Parece ter sido uma espécie de ato de vingança, ele iniciar essa campanha contra as mulheres, através do Martelo das Bruxas.
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