Importante

Para que o blog continue é fundamental que vocês deixem o filme compartilhando por pelo menos 3 vezes o tamanho do arquivo original. Se um arquivo tem o tamanho de 1gb, é importante que vocês deixem compartilhando até atingir 3gb. Isso ajudará a manter o arquivo com seeds (sementes) para que outras pessoas possam baixam os arquivos.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O BARBA AZUL - 1947

Monsieur Verdoux, 1947, Charles Chaplin

Classificação: Ótimo
Formato: AVI
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 124 minutos
Tamanho: 699 MB
Servidor: Mega (3 partes)


Links:
Parte 1
Parte 2
Parte 3



Sinopse: Chaplin conta, com muito humor negro, a história de um assassino em série que utiliza suas mortes como meio de vida em meio ao período de guerra. Baseado em um roteiro originalmente concebido por Orson Welles. Uma das obras mais intrigantes e belas de Chaplin.


Fonte: Cineplayers


Análise: (Contém Spoilers!)

Queria rever Monsieur Verdoux, um filme cult meio esquecido de Chaplin, mas que tem uma magia irresistível. Para mim, é o projeto mais ousado de Chaplin. Revendo o filme, vi que ele é irregular: tem vários problemas de ritmo, a decupagem à vezes é muito teatral e forçada, não tem a fluidez de mise-en-scene dos filmes sonoros, os diálogos banais muitas vezes são completamente dispensáveis. Mas ainda assim existem seqüências extraordinárias, e todo o filme é de uma ousadia e coragem surpreendentes, e de um frescor e de uma atualidade impressionantes.

Falamos antes que o verdadeiro diretor é o que encontra o TOM certo para o filme. E daí vemos que Chaplin é um grande, grande diretor. Essa comédia de humor negro tem sutilezas de tom muito difíceis para o diretor. Verdoux é um personagem belo e terrível, com quem ao mesmo tempo simpatizamos (ele tem uma ingenuidade típica do vagabundo Carlitos) e ao mesmo tempo execramos. Seu tom é romântico, lúdico, e ao mesmo tempo premeditado, falso, artificial, afetado. A interpretação de Chaplin é espetacular, porque dá margens a toda essa gama de sentimentos, com uma atuação que vai na essência desse personagem. Verdoux é também um ator, e dái vemos toda a terrível faceta da representação. Vemos também a terrível face das mulheres que Chaplin seduz. Todas são miseráveis, mesmo com diferentes níveis de miserabilidade....
O filme á amoral, tem uma ética difícil que nos remete aos filmes do Mojica. É claro que não é uma apologia ao assassinato, ao contrário, uma condenação, mas ao mesmo tempo é um elogio à liberdade e à reavaliação do assassinato. É difícil explicar.

É sempre filmado com uma grande profundidade de campo, o que provoca um efeito realista, mas ao mesmo tempo os cenários são completamente falsos, artificiais. O filme é muito estranho, mas muito bem orquestrado, arquitetado.

A cena em que Chaplin salva a pobre mulher de tomar a taça de vinho com veneno mexeu muito comigo. A morte por um fio. Não conseguimos tirar os olhos da taça, porque as taças são iguais, e achamos que a qualquer momento Chaplin pode por um engano beber a taça com veneno. É terrível.

O final é espetacular. “Se se mata um, é assassino. Se se mata milhões, vira-se herói” Ou ainda, no tribunal, quando o advogado diz que estamos diante de um monstro. E todos se viram para ver Chaplin, inclusive ele mesmo, procurando o tal monstro. Ou ainda, quando Chaplin resolve tomar rum, porque “nunca havia experimentado rum”. E afinal, o plano final do filme, um plano que reforça o tom moral e ético do cinema chapliniano (o assassino tem que morrer e ser punido), mas ao mesmo tempo na minha cabeça ficou uma referência muda ao “pobre Jacques”, a estarrecedora declaração ao final de Le Trou.
Apesar de todo o tom irregular, Monsieur Verdoux é inesquecível. Um filme sobre a natureza humana, um filme político, uma crítica contundente à necessidade de sobrevivência dentro da selva do american way of life. Chabrol matou a pau quando diz “Verdoux é na verdade um filósofo”. É uma versão do vampiro de Nosferatu, ou do gabinete de Dr. Caligari: Verdoux sofre um transe e começa a executar suas vítimas, sem grande discernimento moral, apenas no cumprimento de seu dever. Filmado no entreguerras, M. Verdoux é um grande, um enorme exame sobre as contradições do mundo contemporâneo, um questionamento agudo sobre o valor da vida, da amizade, do amor, da família, do dinheiro, da verdade. Um filme doloroso de se ver e muito, muito ousado.

Fonte: Blog - Cinecasulofilia



















Um comentário:

Política de moderação do comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Dessa forma, o Convergência Cinéfila reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética, ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Para a boa convivência, o Convergência Cinéfila formulou algumas regras:
Comentários sobre assuntos que não dizem respeito ao filme postado poderão ser excluídos;
Comentários com links serão automaticamente excluídos;
Os pedidos de filmes devem ser feitos no chatbox.

Att.,
Convergência Cinéfila