De rouille et d'os, 2012
Jacques Audiard
Formato: AVI
Aúdio: Francês
Legendas: Português
Duração: 122 minutos
Tamanho: 700 Mb
Servidor: Zippyshare
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SINOPSE
Começa no Norte. Ali encontra-se com Sam, 5 anos, nos braços. É filho
dele, mal o conhece. Sem domicílio, sem dinheiro e sem amigos, Ali
encontra refúgio em casa da irmã em Antibes. Ali, fica logo tudo melhor,
ela aloja-os na garagem do seu pavilhão, trata do pequeno e está bom
tempo. Após uma luta numa discoteca, o seu destino cruza o de Stéphanie.
Ela leva-o para casa e deixa-lhe o número de telefone. Ele é pobre; ela
é bonita e muito segura. É uma princesa. Tudo os opõe. Stéphanie é
treinadora de orcas no Marineland. Será necessário que o espectáculo se
transforme num drama para que um telefonema nocturno os volte a reunir.
Quando Ali a encontra, a princesa está numa cadeira de rodas: perdeu as
pernas e muitas ilusões. Ele vai simplesmente ajudá-la, sem compaixão,
sem piedade. Ela vai voltar a viver.
Fonte: Festival de Cannes
ANÁLISE
por Spoiler Movies
FERRUGEM E OSSO é um filme que atordoa. Ao vê-lo, ficamos pasmos, sem
saber onde estamos, para onde vamos , de onde viemos ou se resta
felicidade para a humanidade. É a reação física diante da turbulência da
tela. A inércia perante o trabalho de um cineasta que filma como se
revelasse um mundo novo. O responsável por esse monstro narrativo,
sempre em movimento, é Jacques Audiard, o mesmo do monumental O PROFETA
que já fez historia em 2009 e, curiosamente, na mesma competição de
Cannes. Agora, três anos mais tarde (em seu próprio ritmo), o francês
retorna à Croisette com outro fenômeno. Um filme, cujo título remete ao
suspense, mas que, na verdade, é um melodrama filmado na ensolarada
região de Antibes e negro como um carvão.
É, enfim, uma historia de amor embriagada e desengrenada, como se o
autor, dez anos depois, incorporasse e cozinhasse os ingredientes de SOBRE OS MEUS LÁBIOS, em fogo brando, até reduzi-los à sua essência básica. E
novamente se filma o encontro de dois solitários, pessoas mutiladas na
vida, física e emocionalmente: Ela, Marion Cotillard, uma treinadora de
baleias traumatizada, condenada a viver sobre uma cadeira de rodas. Ele,
Matthias Schoenaerts, um boxeador, cujas feridas jamais cicatrizam. E
desse inusitado romance em tons de preto, onde ela quer construir e ele
quer demolir, nasce uma historia dinâmica, protagonizada por um dos
casais mais sugestivos que o cinema europeu pode nos oferecer.
A esta historia trágica, a estes protagonistas, Audiard mistura uma
arte especial que só ele conhece e consegue. É desse segredo que se
ilumina seus filmes e é assim que se ilumina seus protagonistas: Com
sangue, suor e lágrimas. Fruto de uma direção econômica, da musicalidade
dos diálogos, do poder infernal da montagem, dos cenários
expressionistas… Tudo a serviço desse retrato – raivoso e brutal – da
condição humana que drena a energia do espectador e o aturde, sangra,
seca. Cinema e nocaute. Onde tudo é pungente demais. Surpreendente.
Histórico. Enfim, um filme que deixa rastros na memória.
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