Moscou, 2009
Eduardo Coutinho
Formato: AVI
Aúdio: Português
Legendas: -
Duração: 78 minutos
Tamanho: 700 Mb
Servidor: Zippyshare
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SINOPSE
Em Belo Horizonte, o Grupo Galpão e o diretor de teatro Enrique Diaz se 
dispuseram a enfrentar o desafio de “montar”, em três semanas, a peça As
 três irmãs, de Anton Tchekcov. O filme é composto de fragmentos dos 
workshops, improvisações e ensaios de uma peça que não teve e nem terá 
estréia.
 Fonte: Cineplayers 
ANÁLISE
Coutinho segue ampliando a temática sobre as fronteiras entre os gêneros cinematográficos e sobre a natureza da interpretação.
por Geo Euzebio 
Depois de usar o palco de um teatro para explicitar 
as fronteiras entre realidade e ficção, e também para balançar as 
estruturas do que é real ou fictício dentro da tela do cinema, Eduardo Coutinho segue investigando o jogo de cena, a construção do espetáculo e
 das interpretações, e desta vez transforma em palco todos os espaços de
 um teatro, ocupando-os com os atores e suas próprias emoções.
Em Moscou, Coutinho e sua equipe 
elaboram uma adaptação do livro 3 Irmãs, do russo Anton Tchecov, em 
conjunto com o Grupo Galpão de teatro, e o desafio está em montar o 
máximo de atos possíveis da peça em três semanas. E nada escapa ao 
espectador, nem Coutinho: vemos o encontro entre a equipe de filmagem e a
 equipe teatral que recebe do documentarista o texto sem saber do que se
 trata, e assim alguns atores reconhecem a história pelos nomes das 
personagens, ao mesmo tempo em que são convidados a compartilharem a 
lembrança mais emotiva que guardam, num exercício que busca fundir as 
emoções e vivências dos atores a construção dos personagens que aos 
poucos os vemos assumindo.
Esse exercício também lembra a construção da estrutura de Jogo de Cena
 e suas várias interpretações das mesmas histórias, mesclando lembranças
 pessoais e atuações, novamente misturando realidade e ficção. Em 
Moscou, vale prestar atenção na cena em que o ator que interpreta o 
único irmão da família de irmãs faz um resumo emocionado da triste 
trajetória da família perdida em si mesma. Aqui já se mostra também a 
intenção do documentário, que fala de escombros em meio ao depósito do 
teatro, sem ocultar a equipe de filmagem mesmo quando um dos câmeras 
ainda busca a emoção nos olhos do ator, enquanto um novo take é
 montado. Novamente: tudo está ali exposto para que possamos repensar a 
construção do fictício, afastado tanto quanto possível a idéia de 
imitação da realidade, ainda que nos aproximando do texto pela emoção 
evocada pela interpretação.
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Super cineasta, que faleceu há poucos anos. Muito obrigado por postarem aqui! Assisti Edifício Master, e é muito lindo. Adoro!
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