Formato: MP4 ( Blu-ray rip)
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 96 Min
Tamanho: 1.46 GB
Servidor: Mega (4 Partes)
Links:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Sinopse: O verdadeiro Papai Noel acaba indo trabalhar na famosa loja Macy's, em Nova York. Porém, quando ele insiste em dizer quem ele realmente é, começa a ser tachado de louco, e o caso vai parar no tribunal. O objetivo maior do Papai Noel é apresentar a uma mulher e sua filha desacreditadas o espírito de Natal, de forma que ele mude a forma de pensar delas.
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Áudio: Inglês
Legendas: Português
Duração: 96 Min
Tamanho: 1.46 GB
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Parte 4
Sinopse: O verdadeiro Papai Noel acaba indo trabalhar na famosa loja Macy's, em Nova York. Porém, quando ele insiste em dizer quem ele realmente é, começa a ser tachado de louco, e o caso vai parar no tribunal. O objetivo maior do Papai Noel é apresentar a uma mulher e sua filha desacreditadas o espírito de Natal, de forma que ele mude a forma de pensar delas.
The Internet Movies Database: IMDB - Nota Imdb 7.9
Análise:
Como alguém poderia provar objetivamente que Papai Noel existe e está
sentado no banco dos réus da corte suprema de Nova York e, acima disso,
encontrar o respaldo dessa afirmação na opinião de uma grande
instituição pública norte-americana? Esta é a causa do advogado Fred
Gailey, provar que o simpático e doce Kris Kringle é quem ele afirma
veementemente ser, o autêntico bom velhinho, e não um iludido idoso
acometido por transtorno de personalidade. Parece uma missão difícil,
pautada no subjetivismo, mas que ganha contornos de alcance midiático,
com enorme impacto na indústria de brinquedos, sobretudo, e na imagem
que as crianças têm do Natal. Logo, o título em português, De Ilusão também se Vive,
é bastante apropriado ao remeter às inúmeras criações e fantasias de
nossa mente desenvolvidas não com fins alienatórios, mas para conferir
uma aura mágica e a bondosa simplicidade a uma comemoração familiar
anual.
Refilmado outras três vezes - especialmente na ótima versão de 1994, cujo título nacional é idêntico ao original, Milagre na Rua 34
-, este drama natalino de 1947 prova que esse período não precisa de
cores, mas de sentimentos, para ser reconhecida como um período mágico,
apesar do capitalismo natalino, do consumeirismo desenfreado e da
corrida às lojas de brinquedos massacrarem as melhores e puras intenções
do Natal. No período compreendendo o desfile de Ação de Graças e a ceia
natalina, conhecemos Kris Kringle (Gwenn), um homem que caminha pelas
ruas de Nova York orientando um lojista acerca da ordem e posição das
renas em uma vitrine ou discutindo com o embriagado Papai Noel do
desfile sobre o seu comprometimento com esse ofício. Rapidamente alçado a
protagonista do desfile natalino por Doris Walker (O'Hara), Kringle
aceita o emprego de Papai Noel na concorrida esquina da sétima avenida e
a rua 34, na gigantesca Macy's.
Deturpando os conceitos do capitalismo predatório e ignorando as
recomendações de Charlie (Frawley), Kringle não hesita em recomenda
consumidores a outras lojas se estes não encontram os produtos desejados
na Macy's. E o que parecia um suicídio nos negócios, ganha contornos
completamente distintos, apresentando o inusitado e inédito conceito da
benevolência natalina da Macy's (e que logo é copiado pelos seus
concorrentes que estavam perdendo vendas). Assim, Kringle torna-se a
figura mais importante do Natal, apesar da recusa de Doris em manter no
quadro um funcionário aparentemente com problemas psiquiátricos.
Particularmente, a descoberta da ficha de admissão de Kringle é um dos
momentos mais inspirados do longa, onde ele afirma ser "tão velho quanto a sua língua e um pouco mais velho que os seus dentes", e acrescentar no rol de parentes próximos as renas clássicas (dançarina, cometa, rodolfo, etc).
Apesar de conquistar o coração dos pais e crianças que frequentam a
Macy's, Kringle não consegue penetrar no coração da precoce e realista
Susan (Natalie Wood aos 8 anos de idade), que terminantemente não
acredita em Papai Noel, em função da criação dada por uma emocionalmente
frustrada Doris. Sem desistir, Kringle seduz a pequena Susan com o
mágico mundo da imaginação e, de maneira doce e tocante, revive no
coração dela algo que nunca deveria ter morrido, o espírito da
festividade e a alegria de acreditar em algo. Ao mesmo tempo, Kringle
desenvolve uma amizade com Fred Gailey (Payne), que viria a ser seu
companheiro de quarto, e é secretamente apaixonado por Doris e
paternalmente próximo de Susan.
Abraçando o milenar ensinamento de que, mesmo pelos caminhos errados,
podemos fazer o bem, o diretor e roteirista George Seaton sustenta-se
nos malefícios do capitalismo e nos duvidosos caminhos judiciais para
apresentar uma mensagem de esperança e bondade para pais e filhos.
Portanto, embora saibamos que as ações da Macy's são boas no limite de
que importam em lucro e prestígio para a empresa, é inegável o bem feito
àquelas crianças que receberão exatamente aquilo que sonharam no Natal.
A própria estrutura natalina centrada na compra de presentes é sujeita a
críticas mas, infelizmente, a mensagem dita por uma criançinha alemã
acaba não sendo traduzida na versão original (ao ser questionada por
Kringle, em alemão, o que ela desejaria ganhar de natal, ela responde:
"nada, eu já ganhei o que eu pedi ao ser adotada").
Por sua vez, a subtrama judicial causada pelas acusações do psicólogo da
Macy's Granville Sawyer (Hall), a respeito das tendências maníacas
confirmadas no inofensivo ataque de bengala, expõe mazelas do sistema
norte-americana cuja decisão a respeito da identidade de Kringle
baliza-se não no bom senso, porém na necessidade de proteger algumas
instituições que seriam prejudicadas do contrário (a indústria de doces e
brinquedos, a Cruz Vermelha). Assumindo uma conotação imensamente
política - a reeleição do juiz Harper (Lockhart) - misturaa à inocência
infantil - o próprio filho do promotor ingenuamente depõe pro Kringle -,
o trabalho de George Seaton não esconde o seu real objetivo: o de não
desapontar as crianças de todas as idades, ganhando o coração com a
simplicidade narrativa.
Contando com a excepcional atuação de Edmund Gween, que não obstante
ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante daquele ano (apesar de no meu
entendimento, ser ele o protagonista), apenas desgosto do psicólogo
vivido por Porter Hall. Constantemente mexendo e puxando a sobrancelha
como muleta de interpretação nos momentos de maior nervosismo, o
psicólogo acaba personificando a faceta comum dos vilões do cinema
naquele momento histórico, impedindo a compreensão do que levaram aquele
sujeito a agir com tamanha amargura. Por sua vez, Maureen O'Hara e John
Payne ilustram bem o porquê acreditam na identidade de Kringle,
enquanto Natalie Wood brilha e encanta como a pequenina Susan.
De Ilusão também se Vive é um pequeno e adorável filme de natal,
contando com uma narrativa inventiva e original e, geralmente, boas
atuações. Uma preciosidade que com mais de 70 anos de idade continua a
emocionar crianças e adultos.
Fonte: Cinema com crítica
Obrigado.
ResponderExcluirDesative o Nofollow, assim pessoas que tem blogs comentarão mais nas postagens. :)
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