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sábado, 4 de janeiro de 2014

ANTES DA LUA CHEIA - 2006

Niwemang, 2006
Legendado, Bahman Ghobadi


Formato: AVI
Áudio: curdo/persa
Legendas: português
Duração: 114 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (Parte única)

LINK

SINOPSE
Mamo, um velho e legendário músico curdo que vive no Irã, planeja dar um seu último concerto no Iraque curdistão. Após sete meses tentando obter uma autorização e convocando seus dez filhos, ele parte em uma viagem longa e incômoda dentro de um velho ônibus. No meio do percurso apanha a cantora Hesho em uma pequena aldeia, o que contribue ainda mais para as dificuldades da viagem, já que deverá mantê-la escondida, pois é proibido às mulheres iranianas cantar em público, muito menos na companhia de homens. Mas Mamo está determinado a realizar seu sonho, mesmo com uma visão recorrente de sua própria morte na meia-lua.

Fonte: Filmow
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.2


ANÁLISE

Mudança é palavra de ordem nos filmes do curdo Bahman Ghobadi. Nascido no Curdistão iraniano, próximo da fronteira entre Irã e Iraque, o diretor sempre conviveu com essa sensação de transitoriedade. Tempo de Embebedar Cavalos Tartarugas podem Voar  (os dois longas de Ghobadi lançados no Brasil) recorrem ao gênero do filme de estrada para dar forma a essa urgência.
Produzido em 2004, após a invasão do Iraque pelos EUA,Tartarugas podem Voar já abordava o cenário novo: particularmente, a passagem de uma realidade medieval, mas conhecida, para uma moderna, mas imprevisível. Ambientado nos primeiros dias após a queda de Saddam Hussein, Antes da Lua Cheia (Niwemang, 2006) volta a trabalhar nessa chave. Mas o gênero escolhido, parente do road movie, é um pouco diferente: o filme de travessia.
O protagonista é Mamo (Ismail Ghaffari), popular cantor curdo que, findo o regime do sunita Saddam, é convidado a voltar para o Iraque para se apresentar num concerto público. Já idoso, Mamo reúne seus filhos músicos num ônibus estrada afora - mas, como em toda aventura de travessia, essa "Sociedade do Anel" sofrerá baixas e talvez não chegue a seu destino na hora marcada.
Elementos consagrados do gênero, como o momento da clarividência no início da jornada (no lugar do clássico cego maltrapilho entra um filho de Mamo com visões de mau agouro) e o vale que ecoa vozes sem rosto (a vila onde foram exiladas as mulheres curdas, as "sereias" do filme), são adaptados por Ghobadi à realidade local. Essa aderência às aventuras de travessia favorece uma opção que o cineasta faz pela fantasia - enquanto os seus longas anteriores tinham um viés mais naturalista, aqui há espaço para delírios oníricos e até operísticos.
O que permanece é a obsessão de Ghobadi pelo choque das transformações. O filme já abre com uma tradição secular, uma rinha de galos, interrompida por esse símbolo do ocidente que é o toque de um celular. A violência gerada pela mudança, porém, é mais sutil neste longa. Saem os arames farpados e as minas terrestres que mutilam crianças de Tempo de Embebedar Cavalos eTartarugas podem Voar, entram as torres de transmissão que cortam toda a paisagem iraniana-iraquiana.
É um tipo distinto de impacto, como se as mudanças, embora constantes, já tivessem sido assimiladas. Deve ser por isso que Ghobadi opta em Antes da Lua Cheia por acompanhar os adultos (os últimos a lembrarem do passado), e não as crianças.
Nessa trajetória, faz todo o sentido que o cineasta tenha decidido, no ano passado, filmar o longa descolado e urbano Ninguém sabe dos gatos persas . Cronista de uma região que não para de mudar, Ghobadi deve seguir nessa linha temática ainda por um bom tempo.
Análise retirada do site Omelete

























































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