À bout de souffle, 1960
Legendado, Jean-Luc Godard
Classificação: Excelente |
Formato: AVI
Áudio: francês
Legendas: português
Duração: 86 minutos
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mega (4 partes)
SINOPSE
Após roubar um carro em Marselha, Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo) ruma para Paris. No caminho mata um policial, que tentou prendê-lo por excesso de velocidade, e em Paris persuade a relutante Patricia Franchisi (Jean Seberg), uma estudante americana com quem se envolveu, para escondê-lo até receber o dinheiro que lhe devem. Michel promete a Patricia que irão juntos para a Itália, no entanto o crime de Michel está nos jornais e agora não há opção. Ele fica escondido no apartamento de Patricia, onde conversam, namoram, ele fala sobre a morte e ela diz que quer ficar grávida dele. Ele perde a consciência da situação na qual se encontra e anda pela cidade cometendo pequenos delitos, mas quando é visto por um informante começa o final da sua trágica perseguição.
Fonte: Adorocinema
Fonte: Adorocinema
The internet movie database: IMDB - NOTA IMDB: 7.9
ANÁLISE
Alfred Hitchcock, Nicholas Ray e Samuel Fuller inspiraram os franceses da Cahiers sobre o que seria o “cinema de autor”. Cidadão Kane e o neo-realismo italiano fundaram as bases do cinema moderno. Chabrol e Truffaut, com seus filmes Nas Garras do Vício e Os Incompreendidos experimentaram, pela primeira vez, o que seria um cinema assumidamente autoral. Mas as ambições dos jovens realizadores franceses, provavelmente, só foram percebidas mundialmente pela primeira vez com Acossado, de Jean-Luc Godard, o mais radical, idealista e vanguardista dos críticos franceses.
Aqui, Godard ao mesmo tempo se utiliza da teoria autoral que põe o diretor como um artista, um criador, enfim, o maior nome por trás de uma obra cinematográfica e também filma em locações, quebra a narrativa, experimenta novas maneiras de se editar um filme e esfrega na cara do espectador a importância da forma para o cinema pretendido por Orson Welles – não seria possível desassociar estética e conteúdo em filmes assim, já que a maneira urgente de contar a história importa para o diretor mais do que a história dos marginais e desajustados interpretados por Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo.
Godard inclusive admitiu, tempos depois, que Acossado fora concluído de um jeito bem mais careta, em um projeto que acabou sendo negado pelo produtor. Ele, então, reinventou o filme, fazendo cortes trangressores que ignoravam as regras mais básicas do cinema clássico, como a quebra do eixo de continuidade e o jump-cut (os cortes ‘pulantes’ que reduzem o tempo de uma cena contínua – utilizados pela primeira vez por Samuel Fuller em O Quimono Escarlate) – conseguindo assim para o movimento, junto ao “nouvello honorário” Alain Resnais, a alcunha de “cinema de edição”, onde dramaturgia e narrativa eram subordinados aos elementos principais do cinema: imagem, som, espaço, tempo, e como o nome já diz, montagem, elemento supremo entre todos os outros – era com ele que o cineasta criava espaço-tempo e provocava as sensações pretendidas com isso.
E claro, na história, há o tom desesperadamente próximo à realidade juvenil de quarenta anos atrás, a típica arrogância e charme parisienses que marcaram época, falta de moral e pudor, frases cheias de sarcasmo, uma história policial ágil e ácida – num típico caso de “contrabando” desse cinema que se utilizava de determinados gêneros já conhecidos para expôr visões de mundo distintas, e aqui o “importado” foi o cinema noir. Curioso notar que, em uma espécie de agradecimento a Jean-Luc por batalhar para inscrever seu nome na galeria dos mais importantes realizadores cinematográficos, Samuel Fuller faria de seu penúltimo filme uma espécie de refilmagem não-oficial deAcossado, entitulada Ladrões do Amanhecer.
Inegavelmente, Acossado tornou-se um dos filmes mais importantes e reconhecidos da história do cinema, responsável por levar à frente as idéias dos vanguardistas de vinte anos antes e tocá-las à frente com todo o seu ideal do que seria um “cinema moderno” – e quando utilizam esses termos não querem dizer mais nada que cinema puro, livre, por si só, que nunca depende de nada a não ser os elementos próprios à sua linguagem -, fazendo do seu realizador uma das notáveis figuras teóricas e praticantes do cinema. E não poderia ter pessoa mais indicada, já que o próprio realizador futuramente, iria remar contra a nouvelle vague em nome de um cinema ainda mais livre e ilimitado. E tudo isso começou com Belmondo fumando e Seberg vendendo alguns exemplares do New York Herald Tribune…
Crítica retirada de cinecafe
As legendas do filem não estão funcionando DDX
ResponderExcluirRaquel, peço então que verifique as atualizações dos codecs de seu players, pois as legendas estão sincronizadas e funcionando.
Excluirbacana o blog. links do mega são muito mais práticos do que baixar os arquivos por torrent. obrigado pelo trabalho de procurar, juntar as legendas e colocar tudo mo Mega ;)
ResponderExcluirEu acredito que esses filmes contam histórias contra os costumes de épocas e contam comportamentos de épocas então contam além de comportamentos e costumes diversas outras histórias também estão no filme e é muito bom ver até as 10 horas e a trama das pessoas o comportamento do cérebro e da própria lógica e das conversas de uma época é muito destrutiva grato. espero que continuem com esse trabalho que data e mostra uma época com a sociedade...
ResponderExcluirÉ muito construtivo e mostram diversos dados com costumes e lógica de pensamento de conversa de uma sociedade numa determinada época.... Bem como para cinéfilos como que eram os recursos do cinema, e outros recursos adjacentes...
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