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sábado, 28 de setembro de 2013

EL TOPO - 1970

El Topo, 1970, Alejandro Jodorowsky

Classificação: Ótimo
Formato: AVI
Áudio: Espanhol
Legendas: Português
Duração: 125 minutos
Tamanho: 699 MB
Servidor: 4Shared (3 Partes)
Links:

Parte 1
Parte 2
Parte 3

 Sinopse: "El Topo" é um pistoleiro todo vestido de preto que vaga pelo mundo sem motivo aparente, ajudando as pessoas em seu caminho. O filme apresenta um mundo deserto e sádico onde predomina a cultura mexicana, o culto às armas e ao fanatismo; uma jornada pelo surreal repleta de simbolismos e imagens impactantes.
Fonte:
Cineplayers
The Internet Movies Database
: IMDB - Nota IMDB: 7.3
Análise:
Conheça “El Topo”, um pistoleiro cheio de objetivos: levar-nos em uma viagem até um mundo inexistente e... salvar o surrealismo!

Análise: Para estarmos analisando esta película, é obvio que ela tende a passar na época do velho-oeste; entretanto, em “El Topo” não temos uma noção exata de “quando” nem “onde” ela acontece. As locações de onde o enredo se situa até nos soa como um “western spaghetti à lá Sergio Leone”, porém o surrealismo com que lidamos faz-nos perder a noção de tempo. E então apenas conseguimos nos estabelecer em um período pelos cenários e figurinos, os quais são devidamente esquisitos para a época do oeste selvagem norte-americano, chegando à conclusão de que estamos a ver um filme retratado longe dos tempos das diligências de John Ford.


Como prova de total surrealismo, temos a figura de um garoto de seis anos que anda completamente despido (Brontis Jodorowsky), sem motivo algum para isso; no entanto, ele é filho de ‘el Topo’ (a toupeira, interpretado por Alejandro Jodorowsky) que anda apenas com roupas pretas debaixo daquele calor funesto e penoso, totalmente contrário ao aspecto de seu filho. Vemos os dois companheiros a vagar pelo mundo sujo de sangue e de poeira sem uma razão aparente, normalmente auxiliando criaturas em sua jornada. Isto já é um próprio estereótipo dos antigos anti-heróis de Sergio Leone – como o “homem sem-nome” –, aumentando assim as homenagens que a película traz para o western spaghetti, fora as já citadas locações parecidas.

A história é dividida em duas partes: a primeira representando o faroeste em si, com poucos tons surreais em relação à segunda, onde os momentos de “loucura” são incontáveis. Na primeira parte, quem acompanha El Topo é seu filho, porém ele o troca pela mulher Mara (Mara Lorenzio), a qual o desafia a enfrentar os quatro pistoleiros do deserto, sendo que todos estes são os mais esquisitos possíveis; na segunda parte, conta-se uma história de redenção, onde vemos um velho-oeste totalmente anormal e excêntrico, mas demonstrando uma dose de verdade em relação aos problemas que lá ocorrem. É inclusive nesta segunda parte onde se pode fazer uma comparação com os dias de hoje, sendo como um retrato do que temos de lidar atualmente: a desigualdade e preconceito; mesmo sendo uma obra surrealista, existem nela pingos da verdade. Ah, e não se esqueçam da parte em que El Topo troca seu filho pela mulher, pois nesta cidade há um reencontro entre os dois, o que acabará em um resultado inesperado. Apenas vejam e saberão!

Deixando de lado o peculiar arroz-feijão, Jodorowsky dirige de forma própria, expondo planos complexos e um tanto quanto invulgares, justamente como também é sua obra. Fora sua direção, o seu trabalho ainda manifesta cortes de câmeras crus e alguns até “sem sentido”, impondo um maior destaque à película principalmente por envolver um projeto de produção surreal fora do filme em si (no caso, a edição). E além da direção destacável e plausível de Jodorowsky, vale dizer ainda que o artista chileno tem a capacidade para atuar (mesmo que de uma forma caricata), escrever um ótimo roteiro (apesar conter algumas falhas grotescas) e até mesmo compor a angustiante trilha sonora; sem contar também que é seu filho quem interpreta o menino despido durante a primeira parte da película. Impressionante, não?!

Tida como uma das maiores obras-primas do gênero fílmico nomeado surrealismo, El Topo nos encanta com suas imagens impactantes, mirabolantes e de múltiplo sentido, além de sua estética finíssima e inovadora, seu simbolismo, suas homenagens e seus fortes personagens, demonstrando toda a genialidade do criador Alejandro Jodorowsky. E apesar de conter riquíssimos detalhes (o que faz com que a película seja assistida mais de uma vez), os espectadores podem se distrair de maneira fácil e direta, principalmente por ser uma obra-prima chamativa e acima de tudo: violenta.

Um comentário:

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