The Yards, 2000
James Gray
Formato: AVI
Aúdio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 114 min.
Tamanho: 701 MB
Servidor: Mega
SINOPSE
Leo Handler é um rapaz durão com duas características: uma folha de crimes nas suas costas e a certeza de que pode recomeçar sua vida afastado dos negócios ilegais. Ao deixar a prisão após cumprir pena por um crime que não havia cometido, Leo consegue um emprego na empresa de trem do seu tio. Porém, logo ele descobre as conexões da empresa em que trabalha com diversos crimes ocorridos e começa a se envolver em diversos problemas, decorrentes desta descoberta.
Fonte: Cineplayers
ANÁLISE
Segundo trabalho de James Gray é um belo retrato em negativo de “Os Donos da Noite”, que ele faria sete anos depois.
Segundo trabalho de James Gray é um belo retrato em negativo de “Os Donos da Noite”, que ele faria sete anos depois.
por Rodrigo Carreiro
James Gray é uma personalidade rara na indústria cinematográfica norte-americana. Graças ao sucesso de uma estréia independente de admirável consistência (“Fuga para Odessa”, de 1994), ele conseguiu prestígio suficiente para desenvolver carreira como cineasta. Apesar disso, jamais aceitou servir como diretor de aluguel, daqueles que conduzem projetos impessoais para grandes estúdios. Todos os filmes que carregam a assinatura de James Gray saem da cabeça dele, têm roteiro escrito por ele e são produzidos exatamente da maneira que deseja. Ninguém – nem mesmo medalhões como Martin Scorsese – trabalha por lá com tamanho grau de independência e liberdade. Só por tal atitude, está aí um sujeito cuja obra merece uma espiada atenta.
A postura autoral, contudo, tem seu preço. Como nunca se sujeitou a criar roteiros de índole mais comercial, Gray precisa penar muito para conseguir o financiamento necessário para desenvolver projetos. Daí ter desenvolvido uma carreira bissexta (fez apenas três longas-metragens em 14 anos) e ser obrigado a dar aulas em universidades para se sustentar. Talvez ele nem mesmo tivesse dado continuidade à carreira de diretor, se não houvesse construído uma parceria frutífera com dois atores jovens, talentosos e queridos do público. Afinal de contas, qual o estúdio que tem interesse em recusar produções com nomes como Mark Whalberg e Joaquin Phoenix nos letreiros? De quebra, esses nomes vêm acompanhados dos de gente como James Caan e de três atrizes ganhadoras do Oscar (Charlize Theron, Faye Dunaway e Ellen Burstyn, sendo que Gray foi o primeiro cineasta a notar a semelhança física entre as duas veteranas e escalá-las como irmãs, o que se mostra uma grande sacada). O elenco espetacular é apenas um dos atributos convincentes de “Caminho Sem Volta” (The Yards, EUA, 2000).
O segundo trabalho de James Gray reelabora o tema fundamental da estréia do diretor – indivíduos experimentando conflitos entre valores familiares e morais – em um drama masculino, travestido de thriller policial. O resultado lembra um estranho cruzamento entre Scorsese (a ambientação no submundo criminal de Nova York), Visconti (o tema principal do diretor também é um dos prediletos do italiano) e Kieslowski (o polonês gostava de mostrar personagens cujas posições éticas são desafiadas constantemente pelas circunstancias). Trata-se de um belo filme, uma espécie de ensaio para o brilhante “Os Donos da Noite” (2007), terceiro trabalho de Gray, cuja história é um retrato em negativo de “Caminho Sem Volta”.
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