The French Connection, 1971
Legendado, William Friedkin
Formato: AVI
Áudio: inglês/francês
Legendas: português
Duração: 113 min.
Tamanho: 815 MB
Servidor: Mega (2 partes)
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SINOPSE
Marselha, França. Um assassino profissional, Pierre Nicoli (Marcel Bozzuffi), mata um detetive francês. Paralelamente em Nova York, Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman), um detetive da polícia, e Buddy "Cloudy" Russo (Roy Scheider), seu parceiro, investigam discretamente Salvatore "Sal" Boca (Tony Lo Bianco), um pequeno comerciante, que está tendo gastos muito acima da sua renda. Cada vez existem mais indícios que grande parte da renda de Sal é ganha ilegalmente e, no processo, é ajudado pela esposa, Angie Boca (Arlene Farber). Isto os leva a descobrir que um grande carregamento de droga está para chegar no país, assim Popeye e Buddy recebem ordens para trabalhar com os agentes federais Bill Mulderig (Bill Hickman) e Bill Klein (Sonny Grosso). Acontece que Doyle e Mulderig têm desavenças, pois uma vez os instintos de Doyle falharam, o que provocou a morte do parceiro. O cérebro da operação é Alain Charnier (Fernando Rey), que esconde 60 quilos de heroína no Lincoln Continental, um carro de luxo que pertence a Henri Devereaux (Frédéric de Pasquale), um astro de cinema que, em razão da sua fama, não deverá ser importunado quando estiver filmando em Nova York. Alain contata Sal para organizar a venda da heroína, mas Doyle vigia Sal e logo começará um jogo de gato e rato.
Fonte: Adorocinema
The Internet Movie Database: IMDB - NOTA IMDB: 7.8
ANÁLISE
Um policial bem diferente do que Hollywood está acostumado a produzir, e também dos melhores. |
Um dos melhores policiais urbanos que Hollywood já produziu, Operação França faturou nada mais nada menos do que cinco dos oito Oscar que disputou em 1972, inclusive filme e diretor. Serviu para impulsionar também a carreira de Hackman, em uma produção difícil, que quase não saiu do papel, por nenhum estúdio acreditar no projeto – alguns, inclusive, chegaram a recusá-lo duas vezes. Isso porque não era um filme tradicional que Hollywood estava acostumada a produzir, pois o mocinho não tinha nenhum receio de ser durão, mal educado e de utilizar da grosseria – no pior sentido da palavra – para conseguir o que quisesse, a história também não era tradicional, ou seja, poderia ser um tiro pela culatra de qualquer um. No mínimo irônico, não?
William Friedkin
Mas o filme foi produzido e conquistou tudo o que já foi citado, inclusive o carinho e a identificação do público e da crítica. William Friedkin, o diretor mais jovem a ganhar um Oscar até hoje, conseguiu, graças a sua experiência em documentários, levar as telas de forma realista a história real da maior apreensão de heroína da história americana, realizada pelo durão Popeye (vivido por Hackman) e Cloudy (Roy Scheider). Seguidos pelo instinto de Popeye, a dupla contrariou a tudo e a todos na polícia para prosseguir com o caso e tudo isso é mostrado na tela, desde quando Popeye começa a desconfiar dos traficantes em uma hilária cena no bar até o desfecho psicológico dos personagens. Aliás, esse desenvolvimento é um grande trunfo do filme, já que o roteiro não prioriza somente a ação desenfreada, como nos filmes do gênero hoje em dia, e sim há um minucioso trabalho por trás dos sentimentos, pensamentos de cada um, que convidam você ainda mais a adentrar na interessante história que está sendo contada. Digamos que seja o tempero certo para o prato perfeito.
Somos apresentados a uma Nova York diferente da que estamos acostumados a ver, suja, melancólica, deteriorada. Quando os atores estavam sendo preparados, a dupla de policiais real (Popeye e Cloudy em carne e osso) os levaram para dar um ‘passeio’ por esse submundo desconhecido pela grande maioria. E foi um espanto quando se soube que, a cinco quarteirões apenas de onde um dos membros da equipe morava, havia um centro pesado de injeção de drogas. Eles visitaram o lugar, viram pessoas com seringas grudadas no braço, elásticos apertando os braços, cenas que nenhuma pessoa teria o prazer de ver. Mas lógico que essa preparação funcionou, pois os atores entraram no clima e a vontade acabar com aquilo tudo poderia ser perfeitamente transposta para a tela.
Hackman deslanchou como ator depois desse filme em uma interpretação convincente e que quase o selou ao personagem. Mais uma ironia do destino, já que o diretor simplesmente não o queria como seu protagonista (típico anti-herói). Inclusive chegou a brigar com ele durante a produção, por coisas simples. O estúdio citou grandes nomes para os personagens, como Paul Newman, mas o diretor achou que isso iria tirar o realismo de seu filme, o que até concordo, mas como solução chegou a cogitar usar os dois policiais reais para se auto-interpretarem na tela, o que é um pouco demais também (Friedkin tinha umas loucuras como essas, como a história do tiro que ele deu dentro do set de O Exorcista, por exemplo). A escolha de Hackman foi perfeita, pois o ator virou símbolo do filme, mesmo que não gostasse do papel no começo. Isso mesmo, ele era bonzinho demais para o seu personagem, que é racista e grosseiro a todo o tempo. Hackman, inclusive, não tinha a menor simpatia pelo Popeye real, mas com o tempo aprenderam a trabalhar juntos e todo o brilhantismo que vemos na tela funciona em uma química perfeita com Roy Scheider, o cérebro e balança para as ações da dupla.
O livro de Robin Moore foi fielmente transposto para a tela, mas com um diferencial que só o filme possui: a famosa cena de perseguição do carro ao trem suspenso pelas ruas da cidade. Essa cena foi incluída no filme porque Friedkin achou que eles deveriam fazer a melhor cena de perseguição já feita, com o objetivo de superar a de Bullit. Pegaram um carro, colocaram um motorista no banco da frente e um câmera no banco de trás e saíram correndo pelas ruas de NY a 140 por hora, gravando tudo o que acontecia. Com isso, todos os acidentes vistos na cena foram reais, a batida no ônibus, no paredão, no carro que cruzou a pista... Todas imprevistos, mas mesmo assim utilizadas no filme. Ainda bem que ninguém saiu ferido. A única parte forjada de toda a perseguição é o quase atropelamento ao carrinho de bebê. Essa cena, da perseguição, tornou-se extremamente clássica e inspirou diversos outros filmes e até alguns jogos, como os da série Driver, por exemplo.
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Para mim este é desde sempre o melhor filme de ação e policial... os bruce willis da vida não chegam aos pés deste classico. Obrigado por postarem!
ResponderExcluirDuro de Matar chega aos pés de operação frança
ExcluirUm dos melhores filmes da história do cinema e uma fantástica sequência de perseguição.
ResponderExcluirAbraço
Eu acho um dos melhores filmes policiais já feitos, da história do cinema. Comprei o DVD e é mesmo sensacional.
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